Como formar equipes de alta performance, me parece que tem sido o desejo perseguido de gestores de equipes há muito tempo. As perguntas são: Qual é a receita? Qual a fórmula que ajudará as equipes a entregar o melhor resultado possível?
Muitas vezes, existe uma defasagem entre o que as pessoas querem e o que realmente precisam. Quando se trata de gestão de pessoas, é importante compreender a diferença entre estes dois conceitos. Neste artigo, vamos explorar o que as pessoas precisam para prosperar e ter o melhor desempenho possível, e como satisfazer essas necessidades no local de trabalho.
Quando uma criança nasce, os pais começam a compreender que cada fase do desenvolvimento do seu filho tem necessidades únicas. Os bebés precisam de brincar e explorar o mundo à sua volta, enquanto as crianças pequenas precisam de exercitar a sua imaginação e criatividade. À medida que as crianças crescem, precisam de aprender novas competências, experimentar diferentes esportes, passatempos e começar a adquirir conhecimentos que os preparem para a sua futura carreira. Os pais desempenham um papel fundamental na oferta de experiências e oportunidades que ajudarão o seu filho a crescer e a tornar-se um adulto bem sucedido e feliz.
Quando se é responsável pela instrução, formação e desenvolvimento de outras pessoas, é importante reconhecer que a mais pequena das ações pode ter um impacto profundo sobre elas. O que dizemos ou fazemos numa questão de segundos pode ter um impacto muito maior do que uma palestra de uma hora. Esta citação de James Hunter do livro "De Volta ao Mosteiro" realça o peso da liderança e a importância de usar as nossas palavras e ações com cuidado.
Na sua teoria da motivação humana, publicada em 1954, Abraham Maslow propôs que as necessidades humanas estão organizadas numa hierarquia e que as necessidades de nível inferior têm de ser satisfeitas antes de uma pessoa poder avançar para a satisfação de necessidades de nível superior. Esta hierarquia começa com as necessidades fisiológicas básicas, como a alimentação, a água e o sono, e progride para as necessidades de auto realização.
De acordo com a teoria da Motivação-Higiene de Frederick Herzberg, publicada em 1959, a satisfação de necessidades básicas como o salário, a segurança e a pertença não conduz necessariamente à satisfação ou motivação no trabalho. Em vez disso, são as necessidades de nível mais elevado, como o reconhecimento e a auto realização, que verdadeiramente impulsionam o empenho e a motivação. Por outras palavras, é a satisfação das necessidades de nível superior que leva as pessoas a passarem de simplesmente não insatisfeitas a verdadeiramente satisfeitas no trabalho."
Quando as necessidades como o reconhecimento e a auto realização, são ignoradas, pode haver perda de energia, frustração, desmotivação e uma sensação de desconexão com o objetivo da empresa. Esta situação pode levar a que os trabalhadores se sintam estressados, esgotados e até doentes. Os gestores desempenham um papel importante na satisfação das necessidades dos seus empregados e é essencial que sejam sensíveis às necessidades dos empregados e não as tratem apenas como desejos ou exigências.
A pergunta "Porque é que o Assistente fez a atividade de forma errada, apesar de estar conosco há tanto tempo?" aponta para uma possível falha na comunicação e para a necessidade de segurança. Antes de abordar o desempenho do colaborador, é importante que o gestor verifique se a descrição das funções é atualizada regularmente e se define claramente as expectativas da organização em termos de competências técnicas e comportamentais. Sem estes elementos, pode ser difícil para o colaborador sentir-se seguro e confiante no seu papel. O ambiente cultural da organização nos leva a entender o grau de maturidade das práticas da gestão de pessoas na organização, ou seja, se o RH não consegue analisar para qual necessidade as ações estão sendo direcionadas (necessidades básicas, segurança, pertencimento, reconhecimento ou auto realização), as energias e recursos podem estar sendo dispensadas em atividades que não geram resultado.
A citação de S. Francisco de Assis recorda-nos que mesmo as tarefas mais difíceis podem ser resolvidas começando pelo essencial. No contexto da gestão de pessoas, isto pode significar ter uma reunião individual com o empregado para comunicar claramente as expectativas e responder a quaisquer perguntas que este possa ter. A partir daí, podem ser dados pequenos passos para responder às necessidades do empregado e ajudá-lo a sentir-se mais seguro e motivado na sua função.
Não são as únicas, mas desejo contribuir para que você inicie este movimento de forma prática e com a velocidade que o ambiente impõe.
Ouça as pessoas e depois de ouvir os empregados através de uma pesquisa de clima, é importante agir de acordo com os resultados. Isto pode implicar a criação de um plano de ação com os próprios empregados, dando-lhes a propriedade das soluções. O plano de ação deve abordar áreas como a comunicação eficaz e a colaboração entre os membros da equipe, e deve ser monitorado e ajustado conforme necessário. Ao envolver os funcionários no processo, a organização pode criar uma cultura de propriedade e capacitação."
Multiplique a Visão: O código cultural, ou valores e crenças partilhados dentro de uma organização, são cruciais para orientar o comportamento da equipe. Ao estabelecer pequenas ligações entre os princípios declarados da organização e as ações diárias da equipe, o código cultural pode ser trazido à vida e tornar-se parte integrante da forma como a equipe funciona. Isto ajuda a criar um sentido de propósito e direção, e encoraja os membros da equipe a trabalhar para objetivos comuns.
Crie metas: Para ajudar as pessoas a sentirem-se motivadas e empenhadas, é importante definir objetivos claros que sejam simultaneamente desafiantes e realizáveis. Os objetivos mensuráveis permitem que a equipe acompanhe os seus progressos e celebre as pequenas vitórias. Também é importante estar presente e disponível para oferecer apoio e orientação quando necessário. À medida que as pessoas atingem os seus objetivos, é importante reconhecer e celebrar os seus esforços e sucessos.
Ao criarem uma cultura de feedback, ao reconhecerem e celebrarem as realizações e ao estarem disponíveis para apoiar a equipe, os gestores podem ajudar a criar um ambiente estimulante em que as pessoas se sintam motivadas e empenhadas. Isto pode conduzir a equipes de elevado desempenho que se empenham na organização e na sua missão. A chave é estar preparado para as mudanças que podem surgir como resultado destes esforços. Com um planejamento cuidadoso, dedicação e empenho, é possível criar um local de trabalho que seja contagiante e produtivo para todos.