
Como melhorar a gestão do lixo em condomínios
Para uma eficiente gestão do lixo em condomínios, síndicos e administradoras precisarão fazer um levantamento da quantidade de resíduos gerados para, então, desenhar um planejamento sério e bastante minucioso que irá mudar a relação dos condôminos com o lixo. Com números e planejamento em mãos, uma assembleia deverá ser convocada para apresentar o tema aos moradores. É imprescindível oferecer um programa de coleta seletiva de resíduos, que conte com a separação de lixo orgânico e do material reciclável mostrando aos moradores os benefícios e os impactos positivos que esse novo hábito trará não só para o local, mas também para o mundo.Definir o local de descarte
Com a pauta apresentada, discutida e aprovada, é hora de definir o local para descarte e armazenamento do lixo. O espaço deverá ser limpo, fechado e protegido do sol ou da chuva, organizado e muito bem sinalizado para evitar que os moradores cometam erros aos descartarem seus resíduos. Isso também evitará que ratos, mosquitos e baratas sejam atraídos pelo mau cheiro.Conscientizar os condôminos
Muitas pessoas podem não entender a importância do descarte correto do lixo e, muito menos, como fazer esse descarte. Por isso, é importante informar aos moradores que a coleta seletiva obedece a Resolução do CONAMA nº 275 de 25 de abril de 2001, que estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos.Regras para a gestão do lixo em condomínios
Apesar de o assunto não ser novo, muitas pessoas ainda têm dúvidas de como o lixo deve ser organizado e quais suas obrigações. Vamos esclarecer as principais a seguir.A seleção de lixo é obrigatória?
A seleção de lixo é uma exigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos desde 2011, quando a legislação entrou em vigor. Então, se uma cidade não possui programa oficial de coleta seletiva, o condomínio deve contratar ou fazer uma parceria com empresas ou cooperativas de reciclagem. Com isso, o lixo deve ser separado conforme suas características:Resíduos Recicláveis
- Plásticos: garrafas pet, tubos de PVC, copos descartáveis, sacolas, potes, brinquedos, etc.
- Papéis secos: embalagens longa vida, caixas de pizza, caixas de papelão
- Metais: fios, tubos metálicos, arame, tampas, latas de bebidas, enlatados, pregos, etc.
- Vidros: garrafas, potes de vidro de conserva, frascos, copos e vidros de janela.
Não recicláveis
- Resíduos orgânicos: todo resíduo de origem vegetal ou animal. Exemplos: sobras de comida, casca de frutas, cascas de ovos, dejetos de animais, erva-mate, borra de café, corte de grama, cinzas e sementes.
- Rejeitos: papel higiênico, guardanapos, papel laminado, lacres de iogurte, fraldas, absorventes, cotonetes, esponjas, rolhas, tecidos de limpeza, cigarro, etc.
- Resíduos especiais/perigosos: pilhas e baterias, medicamentos, produtos eletrônicos, lâmpadas, óleo de cozinha e resíduos de obras.
Importante:
- Todos os materiais devem ser higienizados antes de serem descartados;
- Latinhas e garrafas plásticas devem ser amassadas antes de serem descartadas;
- Óleo usado nunca deve ser jogado pelo ralo da pia. Ao invés disso, coloque-o em uma garrafa e leve-o até um coletor. Caso não seja possível, a garrafa deverá ser jogada no lixo não reciclável.
- Pilhas e baterias também devem ter um recipiente especial, pois são tóxicas. No caso de vidro quebrado, embale-o em um jornal para evitar possíveis acidentes ao coletor.