
Brasileiros amam animais de estimação. Não é à toa que temos mais de 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos vivendo em residências, o que torna o nosso país o quarto colocado em um ranking mundial. Por isso, hoje em dia a maioria dos condomínios permitem que seus moradores tenham pets em casa, desde que se comprometam a seguir as regras estipuladas e acordadas em Assembleia. É importante ressaltar que cada condomínio tem a sua própria regulamentação interna e os condôminos devem se informar antes de adquirir um novo integrante para a família. Mas como fica a situação dos pets e dos moradores durante a pandemia de coronavírus? Muda alguma coisa nas regras de convivência? É o que vamos saber em seguida.
Pets podem se contaminar e transmitir o coronavírus?
A principal dúvida de quem tem um animal de estimação em casa é se o pet pode se contaminar com o coronavírus e transmitir a doença. De acordo com o relatório divulgado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), da Organização Mundial da Saúde (OMS), não há evidências de que animais de estimação, como gatos e cães, tenham sido infectados com a Covid-19. É bom saber que há um tipo de coronavírus específico que atinge cães e gatos, como explica a médica veterinária, Patrícia Zanini: “Até onde nós sabemos, não existe contaminação entre humanos e animais, justamente porque o vírus acomete espécies específicas. O coronavírus canino infecta cães na forma de gastroenterite e o coronavírus felino infecta os gatos causando uma peritonite infecciosa”, afirma. Inclusive, a ong Proteção Animal Mundial faz um apelo aos tutores de cães e gatos para que eles continuem cuidando de seus pets, permaneçam calmos em relação à pandemia e não os abandonem temendo a doença. Para ajudar ainda mais na conscientização, a ong preparou uma série de perguntas e respostas sobre a relação do coronavírus com os animais de estimação.
Quais cuidados os donos de pets devem ter durante a pandemia?
Apesar de não existir evidências de que cães e gatos se infectem com o coronavírus, é bom não descuidar e estender os procedimentos de prevenção recomendados pela OMS também para os pets. Dessa forma, não estão proibidos os passeios com o animalzinho pelas ruas, por exemplo, porém recomenda-se que seja algo breve e que alguns cuidados sejam tomados ao retornar para a casa: “A gente recomenda que seja um passeio rápido. O tempo suficiente para ele fazer as necessidades fisiológicas rapidamente, evitando horários com aglomeração, parques e praças. Voltando para casa, claro, é interessante que se faça a higienização das patinhas, com um lencinho umedecido com álcool em gel 70%, por exemplo”, orienta a médica veterinária, Danielle Dourado Maia. Ainda segundo ela, a pelagem do animal pode carregar o novo coronavírus, caso ele tenha entrado em contato com uma pessoa contaminada através de secreções e partículas virais. Nessa situação, é recomendável que o dono dê um banho com shampoo ação detergente no pet. Leia mais nessa matéria.
Como o condomínio deve agir para proteger pets e condôminos do coronavírus
Seguindo as recomendações da OMS, os condomínios devem tomar medidas mais rígidas para evitar a disseminação do coronavírus e preservar a saúde de todos, portanto:
- deve-se encerrar as atividades nas áreas comuns por período indeterminado;
- aderir a uma escala maior de funcionários para que as equipes fiquem reduzidas;
- moradores, colaboradores, prestadores de serviço e visitantes só poderão circular pelas dependência do condomínio se estiverem de máscaras;
- dispensers com álcool gel devem ser disponibilizados nas portarias e halls de entradas para as pessoas higienizarem as mãos;
- reuniões e assembleias deverão ser realizadas em plataformas online;
- a limpeza dos ambientes com mais acesso deverá ser mais constante;
- comunicados, dicas e recomendações devem ser enviados por email e grupo de whatsapp do condomínio constantemente com informações transparentes e relevantes sobre o coronavírus para que os moradores não relaxem com a situação e permaneçam cuidadosos.
Aproveite para os artigos Como fazer a restrição das áreas comuns no condomínio e O que fazer se um morador testar positivo para a Covid-19.
O que fazer para garantir que as recomendações sejam seguidas?
O momento é de total atenção, cuidado e pensamento coletivo para que todos permaneçam seguros em casa. Portanto, o síndico deve realizar uma reunião online com os moradores para repassar as novas regras de convivência e propôr as punições para que todos estejam cientes e arcam com as consequências. É importante garantir que as regras sejam validadas pela maioria dos condôminos para que, assim, o condomínio esteja resguardado de reclamações ou possíveis ações. Gostou do conteúdo? Não deixe de compartilhar nas suas redes sociais.